quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Não precisamos de palavras...

Chega a madrugada
Gemendo baixinho,
Sob o olhar atento da lua
Em comunhão com as estrelas.
Respiramos o silêncio
E ouço apenas
O bater do teu coração,
Mais apressado,
Descompassado,
Em cada nova carícia.
Não precisamos de palavras...
As mãos inquietas,
As bocas ansiosas
Comprimidas num beijo,
Que parece eterno,
Falam por nós.
O olhar cúmplice,
Atento,
Adivinha os desejos de cada um
E cumpre-os,
Na madrugada que geme
Para lá do nosso silêncio.

Luísa Mendes, Valongo

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